segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Low cost da Iberia começa a voar em Março



Presstur 07-10-2011 (05h48)“Para competir eficazmente” em voos domésticos em Espanha e internacionais intra-europeus é a justificação para a criação da Iberia Express apontada pelo IAG ao anunciar que a sua Administração aprovou, ontem, a criação da nova subsidiária, que tem sido descrita pela imprensa como uma low cost, mas cujos aviões terão duas classes.

“A Iberia Express começará as operações no Verão [IATA] de 2012, oferecendo lugares de business e de economia a tarifas competitivas a partir de Madrid Barajas”, diz o comunicado da holding da British Airways e da Iberia, no qual é adiantado que terá aviões Airbus A320 actualmente em operação na companhia espanhola, começando com quatro e prevendo chegar a 13 no fim do próximo ano.
Além da frota, o comunicado também confirma que a nova companhia vai “herdar” rotas da ‘empresa-mãe’, mas sem especificar.
“A subsidiária é estabelecida para competir eficazmente nos mercados doméstico espanhol e europeu. Com o tempo procurará desenvolver novos mercados e destinos e fortalecer o hub de Madrid, criando novos postos de trabalho na economia espanhola”, diz o comunicado do IAG, que frisa que além do tráfego ponto-ponto a Iberia Express também irá funcionar como “alimentadora” das rotas de longo curso da Iberia.
Imprensa e sindicatos já tinham antecipado que a criação da Iberia Express seria uma das decisões da reunião da Administração do IAG esta semana, e inclusivamente os sindicatos de pilotos e de tripulantes de cabina da companhia espanhola já ameaçaram com greves (clique para ler: Trabalhadores da Iberia ameaçam com greve se companhia avançar com criação de low cost).
http://www.presstur.com/site/news.asp?news=33016
A informação divulgada ontem pelo IAG responde a algumas das questões colocadas principalmente pelos pilotos, anunciando que a subsidiária irá recrutar pessoal a “taxas de mercado” e “não irá mudar os termos e condições dos actuais empregados da Iberia”.
O administrador delegado da Iberia, Rafael Sánchez-Lozano, citado pela imprensa espanhola, foi ainda mais directo a este respeito, assegurando que “nenhum empregado actual” da companhia irá perder o seu trabalho pela criação da nova subsidiária.
Rafael Sánchez-Lozano, que garantiu que a companhia “respeita escrupulosamente” as convenções de trabalho de pilotos, tripulantes de cabina e pessoal de terra, contrapôs às preocupações dos sindicatos que a criação da Iberia Express irá gerar emprego em Espanha, tanto mais importante na conjuntura económica actual, em que o desemprego está a aumentar.
Referindo-se especificamente à ameaça de greve do sindicato dos pilotos (Sepla), o executivo deixou o desafio que “terão de o explicar à opinião pública”, reforçando que “não vão ser afectados” pela criação da nova companhia.
O comunicado do IAG não avança pormenores sobre a Iberia Express, caracterizando-a apenas como uma operadora de voos de curto e médio curso com custos operacionais “mais baixos” que a Iberia, reconhecendo que esta perde dinheiro nessas operações.
O IAG diz ainda que a criação da Iberia Express não irá provocar alterações das relações actuais da companhia com a Vueling e com a Air Nostrum.
A criação da Iberia Express não é a primeira incursão da companhia espanhola nos modelos de operação de curto e médio cursos com custos mais baixos. A Iberia foi a animadora da criação da clickair, que acabou por fundir com a Vueling, de que é ainda accionista de referência.
Espanha é um dos mercados europeus de eleição para companhias low cost, em especial para a Ryanair, que ultrapassou a Iberia em número de passageiros transportado.
 


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